terça-feira, 5 de agosto de 2014

GAECO denuncia 12 policiais militares do Paraná por vários tipos de crimes

O Núcleo de Curitiba do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) denunciou à Justiça doze policiais militares do Paraná, por vários tipos de crimes. A primeira denúncia é contra cinco policiais militares de Curitiba. Na segunda, são processados sete PMs de Piraquara (Região Metropolitana de Curitiba). Conforme a primeira denúncia, no dia 19 de outubro de 2013, no Bairro Umbará, após renderem três rapazes, que supostamente teriam participação em um roubo ocorrido na região, os policiais conduziram o grupo até um matagal e executaram os três com disparos de arma de fogo. Na sequência, de acordo com os promotores de Justiça, os PMs simularam uma situação de confronto que justificaria os homicídios, colocando três armas de fogo próximas aos corpos das vítimas e elaborando um falso “auto de resistência à prisão”. A denúncia relata três homicídios qualificados, fraude processual e falsidade ideológica. O caso tramita perante a 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Capital e aguarda manifestação do Poder Judiciário.
A segunda denúncia imputa uma série de crimes contra sete policiais militares envolvidos no desaparecimento de Edenilson Murillo Rodrigues, em 21 de maio de 2013, em Piraquara (Região Metropolitana de Curitiba). De acordo com a acusação, três PMs abordaram um usuário de drogas que, após ser torturado, indicou o endereço de Edenilson como sendo a pessoa de quem ele teria adquirido as drogas. No local, após invadirem o domicílio da vítima, os PMs renderam todos os presentes e passaram a constranger Edenilson com agressões físicas, que resultaram em sua morte. Em seguida, conforme a denúncia, os policiais envolveram o corpo dele em um cobertor e ocultaram o cadáver, em local não identificado até o momento. Os crimes apontados variam conforme os denunciados, e incluem tortura, abuso de autoridade, tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. A denúncia foi distribuída à Vara Criminal de Piraquara e também aguarda manifestação da Justiça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário