2017 é um ano pré-eleitoral e as disputas internas e externas, por visibilidade na mídia – e na lembrança do eleitor, começam a fazer com que os políticos se movimentem e busquem fazer aquilo que até então não davam muita bola. É aquele ano em que obras paralisadas e sem previsão de entrega à população começam a ser retomadas e receberem data para a inauguração, quando não inauguram pedras fundamentais, estrategicamente marcadas para o período mais próximo possível das eleições, para que o cidadão se lembre de determinado gestor como “aquele que faz acontecer”.
Portanto, este é um momento ideal para o fortalecimento de decisão de toda a sociedade na busca por informações e transparência das ações governamentais.
Temos que saber nossos direitos e deveres, como eleitores, concedemos aos políticos o poder de nos representar: mas devemos deixar claro que não vamos aceitar que eles traiam a nossa confiança lá, infelizmente eles desprezam os nossos interesses durante quase todo o mandato e só se lembram de nós na época de apertar a nossa mão e pedir o nosso voto, lembrando que alguns andam com um lencinho úmido de papel para limpar a mão depois de pegar na mão do povo.
Podemos evitar esse problema futuro, entretanto, teremos uma missão muito importante, que precede a escolha dos nossos candidatos: a de fiscalizar a sua eficiência no poder. Podemos fazer isso através de um instrumento que veio para ajudar a vida do eleitor e tem feito muitas mudanças no cenário político: a Lei de Acesso à Informação e a transparência.
Por meio dos dispositivos desta lei, qualquer cidadão pode solicitar, desde a lista de vagas em escolas e creches, a informações sobre a execução de contratos de grandes obras, requisitando dados sobre seus custos, os valores pagos e o tempo de conclusão.
Além disso, o eleitor também pode saber, por meio dos Portais de Transparência e das páginas da Assembléia Legislativa, da Câmara Federal e do Senado, quais foram os projetos de lei apresentados pelos nossos representantes eleitos, cobrando o cumprimento de suas promessas de campanha – que invariavelmente ficam esquecidas depois que eles se sentam em suas cadeiras dos parlamentos estaduais e do Congresso Nacional.
Devemos dedicar um tempo da nossa semana navegando pelos portais de transparência de sua cidade, das casas legislativas e do governo estadual. Veremos que podemos ser um agente fiscalizador dos poderes e, junto com a sociedade civil organizada (conselhos de direitos e políticas públicas) e a mídia, embora não de para confiar nela, seremos mais um grande “vigia” das contas públicas, garantindo que tenhamos cada vez menos desvios de recursos públicos e corrupção de agentes políticos.
Agora é só fazer nossa parte por um Brasil melhor.
Daniel Tornesi, é um jovem formado em Ciências Contábeis e atualmente realiza projetos do Sistema SICONV do governo Federal para os municípios do interior do Paraná.
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